Métodos contracetivos

Entende-se por métodos contraceptivos todos aqueles que evitam uma gravidez e podem auxiliar na protecção das doenças sexualmente transmissíveis.

Genericamente, dividem-se em
naturais e não naturais.


Os naturais são: o método do calendário, o da temperatura, o do muco cervical, abstinência e do coito interrompido.

Método do Calendário

Consiste em conhecer o seu ciclo menstrual. Durante, aproximadamente, um ano a mulher deve marcar no calendário os dias que vão desde o ultimo dia do período menstrual até ao primeiro dia do ciclo do mês seguinte. Se o período for regular, e isso vê-se através dos registos mensais que têm o mesmo número de dias. Para calcular os dias em que a mulher está fértil, fazem-se as contas da seguinte forma: divide-se o número de dias entre as duas menstruações por dois e soma-se e subtrai-se 3 dias ao número encontrado, o que dará 7 dias (3 antes, mais o dia encontrado e mais 3 depois). Durante este período de tempo a mulher estará no seu período fértil.

Para mulheres que não são regulares, as contas são feitas da seguinte forma: vê-se no calendário o período de tempo mais longo 11 dias e ao mais curto 18 dias, os números obtidos são exactamente o intervalo de tempo em que a mulher está no seu período de ovulação.

É um método falível!

Método da Temperatura

Consiste em medir a temperatura todos os dias, logo pela manhã, antes de se levantar ou fazer algum esforço muscular. A temperatura deve ser tirada sempre com o mesmo termómetro na boca, recto ou vagina. A temperatura do corpo vai variando ao longo do mês subindo cerca de 0,3 a 0,8ºC no período fértil (ovulação).

Não basta um mês para que a mulher tenha o conhecimento suficiente da temperatura do seu corpo, pelo que terá de o fazer durante alguns meses.

É um método muito falível dado que a temperatura do nosso corpo pode alterar-se com uma simples constipação.

Muco Cervical

O Muco cervical é produzido pelas glândulas do colo do útero e que tem como finalidade facilitar a chegada dos espermatozóides ao útero . A textura deste muco varia ao longo do mês. Na altura da ovulação tem uma aparência de clara de ovo sendo também mais elástica que nos restantes dias.

Este método exige que a mulher observe diariamente a aparência do seu muco, a mulher deve verificar todos os dias a aparência do seu muco mas que pode facilmente ser confundido com algum corrimento.

É um método falível.

Abstinência sexual

É, por e simplesmente, não ter relações sexuais.

Excelente método!!!! 100% eficaz!!!!! :-)

Coito interrompido

É o método, altamente falível, que consiste na retirada do pénis na vagina, antes da ejaculação. Não pode ser considerado um método de contracepção mas sim uma prática muito falível. Não esquecer que antes do homem ejacular, é produzido no homem um fluido de limpeza da uretra que pode conter alguns espermatozóides.



Não naturais

Os métodos não naturais podemos subdividi-los em métodos de barreira, hormonais, Dispositivo intra-uterino e cirúrgicos.

Os métodos de barreira são: o Preservativo masculino, o feminino, o diafragma, o espermicida e a esponja vaginal

Preservativo masculino

É de todos o mais conhecido e utilizado. Tem uma falha de cerca de 5 a 10% com maior incidência nos mais jovens. É de longe o método contraceptivo indicado na prevenção das DST's, mas devido ao facto de não ser 100% eficaz, deve ser utilizado com recurso a outros métodos. É acessível em termos de preço e de lugar de aquisição.

Modo de utilização:

1- A utilização do preservativo deve ser feito, sempre, antes de haver algum contacto do pénis com a vagina, dado que o líquido seminal pode conter alguns espermatozóides.

2-desenrolar todo o preservativo sobre o pénis erecto mas deixando cerca de 2cm na ponta (sem ar) para servir de reservatório na ejaculação.

3- Após a ejaculação segura-se na base do preservativo para que não haja perigo de derramamento de sémen. O preservativo tem de ser retirado enquanto o pénis se mantém em ereção. Dá-se um nó e coloca-se no lixo, nunca no wc.


Preservativo feminino

É igualmente um método que previne contra as DST's no entanto a taxa de sucesso é menor que a do preservativo masculino. É relativamente de custo elevado e algumas mulheres têm alguma dificuldade na colocação.

Diafragma

É uma espécie de tampinha concava que se coloca na vagina e que tapa o colo do útero. Existem várias medidas, consoante a mulher. Não é muito eficaz nem previne as DST's.

Espermicida

Os agentes espermicidas são colocados na vagina cerca de 10 a 15 minutos antes da relação. Têm como objectivo imobilizar e destruir os espermatozóides. Não é eficaz pelo que deve ser utilizado com outros métodos.

Esponja Vaginal

É uma esponja que se coloca antes da relação e tem como objectivo absorver o sémen. Está embebido em espermicida que destrói e inactiva os espermatozóides. Não é Eficaz nem previne as DST's.


Dispositivo intra-uterino

O dispositivo intra-uterino, também conhecido por DIU, só pode ser colocado em mulheres que já tiveram filhos, dado que o útero destas é de maior dimensão.

É colocado no útero e impede que ocorra a nidificação do óvulo ou que o ovo se prenda ao endométrio. Alguns dispositivos libertam hormonas para os tornar mais eficientes. Podem ter várias formas e é o médico que o coloca na altura do período menstrual. Pode ter uma duração de 5 anos.





Os métodos hormonais são: a pílula o anel vaginal, adesivo contraceptivo, pílula intravaginal, injectáveis e implantes


A pílula

Existem vários tipos de pílulas. São chamadas de combinadas, dado que apresentam 2 tipos de hormonas o estrogênio e a progesterona e podem ser monofásicas, difásicas ou trifásicas, consoante a quantidade de hormonas que têm. A monofásica tem a mesma quantidade de hormonas em todos as pílulas do mês, e bifásicas e trifásicas porque a quantidade das duas hormonas é variável ao longo do mês. Só o médico poderá indicar qual a melhor pílula para cada mulher e prescrevê-la.

A pílula é um método, se bem utilizado, com uma eficácia na ordem dos 99% na contracepção e 0% na prevenção das DST's. Pode ajudar na diminuição do ciclo menstrual e torna-o menos doloroso.

Anel vaginal

É um anel que se coloca mensalmente (3 semanas e descansa uma) que liberta hormonas gradualmente. À semelhança com a pílula o anel contem os dois tipos de hormonas, o estrogênio e a progesterona.

Pílula intravaginal

É semelhante à pílula mas em que o local onde se insere o comprimido é na vagina. Está indicado para pessoas com problemas gástricos. A assimilação das hormonas é mais eficiente na mucosa vaginal e vai diretamente para a corrente sanguínea.

Injectáveis

São injecções que podem ser mensais ou trimestrais que contem hormonas femininas, a Depo-provera.

É um método muito eficaz no entanto se a mulher resolver engravidar, pode ter de esperar até um ano para o conseguir fazer. A mulher fica quase sem fluxo menstrual.

Implantes

É um bastonete que é implementado por baixo da pele e que liberta progesterona. Esta contracepção pode durar de 3 a 5 anos. O seu implante é relativamente fácil no entanto a sua retirada é bem mais difícil. É muito eficaz.

Métodos cirúrgicos (irreversíveis)

Laqueação das trompas e Vasectomia - ambos os métodos são indicados para quem tem a certeza que não quer ter filhos, dado que é irreversível. Consiste no bloqueio dos canais deferentes, no caso do homem, e das Trompas de Falópio, no caso da mulher.

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Contracepção de emergência (não é um método de contracepção!!!!)

Como o nome indica deve ser apenas utilizado em caso de emergência num período máximo de 72h após a relação desprotegida.

Contém grandes quantidades de hormonas pelo que pode causar efeitos colaterais.
 



[A contracepção em Portugal - leiam este artigo de uma colega no seu 12ºano]